Daniel virou celebridade. O atacante do Mecão tem viralizado nas redes sociais por seus vídeos irreverentes e vê, além do crescimento exponencial do seu número de seguidores em plataformas como o Instagram, um ganho de visibilidade totalmente inesperado, conforme contou em reportagem do Globoesporte.com nesta terça-feira (30).
Internamente, entre atletas, comissão técnica e equipe de apoio, a maioria dos vídeos do agora FalaFino ou Rei da Resenha não é novidade. Daniel é um dos atletas mais queridos entre os funcionários do clube pela autenticidade e simplicidade.
"O Daniel acaba alegrando e descontraindo o vestiário. Às vezes existe um ambiente de pressão por vitória e quando você tem um jogador que consegue descontrair em momentos tumultuados, ajuda um pouco a esquecer os problemas", disse Deola ao Globoesporte.com.
Vários vídeos que rodam pelos stories do Instagram já são cultuados, desde uma entrevista a repórter Aline Nastari, em transmissão do Esporte Interativo em jogo no Engenhão, no qual ele garante ser "o melhor do time" em uma partida de base a outras resenhas impagáveis no dia a dia de trabalho, especialmente nos vestiários do Giulite Coutinho, como a história da casa construida sem porta para a escada e o pagamento de sanduíches para a criançada na comunidade onde mora, no Caju. A cantoria com o zagueiro Wallinson, este sim afinadíssimo, também faz sucesso desde o ano passado.
E no campo?
Faltando apenas um jogo para o fim do campeonato, Daniel é o artilheiro do America no Campeonato Estadual, com três gols marcados. Na carreira profissional, toda no Mecão, são 69 jogos e 16 gols. Dentre os atletas do atual elenco, é que mais marcou pelo clube, seguido de perto por Anderson Künzel, que já balançou a rede 14 vezes.
Sua estreia entre os profissionais aconteceu em 2014. Com apenas 17 anos, na estreia do America na Série B do Estadual daquele, empate em 2 a 2 com o Tigres, em Los Larios. Daniel estava no trio de ataque, composto também pelos experientes Léo Guerreiro e Marcelinho, e jogou apenas o primeiro tempo. Ernesto Paulo era o treinador. Alan Nascimento e Marco Túlio fizeram os gols rubros. Naquela tarde nublada, o Mecão atuou com Felipe, China, Ramon, Douglas Ferreira e Noel; Alan Nascimento, Taércio (Muniz) e Beto (João Paulo); Marcelinho, Léo Guerreiro e Daniel (Marco Túlio).
Daniel fez alguns jogos no Estadual e voltaria a ser aproveitado na fase semifinal da Copa Rio, como dupla de ataque de Gilcimar na fase semifinal. Em todo o ano de 2015 e no Carioca 2016, foi pouco aproveitado. Ganharia espaço novamente na Copa Rio 2016, sob o comando de Clóvis de Oliveira, da qual o America não passou da fase inicial.
Lesão num ano, melhor fase em seguida
Em 2017, mais precisamente no dia 30 de agosto, um momento difícil. Cinco minutos após entrar no decorrer do segundo tempo da vitória de 4 a 0 sobre o São Cristóvão, no returno da Série B, Daniel teve lesão severa no joelho e foi operado.
Ele ficaria quase um ano sem jogar até viver seu grande momento, sob o comando de Luizinho Lemos, na Série B1 de 2018. Com o maior atacante da história americana, Daniel viveria seu melhor momento. O Eterno Guerreiro depositava muita confiança no jogador, que foi titular naquele campeonato praticamente todo e correspondeu à altura, com nove gols e ótimas atuações. Foi um dos destaques da temporada e comemorou o título na vitória contra o Americano (1 a 0), no Engenhão.
Em 2019, os gols ficaram mais escassos. Daniel foi titular na Série A (Seletiva e Grupo X), mas o desempenho não foi o mesmo do ano anterior. Na B1, foi mais aproveitado na reta final, com um gol no jogo de ida da decisão contra o Friburguense, que ficou com o título.
Que Daniel alie o alto astral e o faro de gol mais uma vez neste sábado. No Giulite Coutinho, às 15h, o Mecão encara o Nova Iguaçu no jogo final do Grupo Z do Estadual
Marcio Menezes
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