Não é novidade que o meio-campista Anderson Künzel criou laços reais com o America e uma relação de carinho recíproca com o torcedor rubro. Essa sinergia, vinda desde a chegada em 2017, marca o jogador até quando ele não está sob contrato com o clube, o que é o caso agora.
Seus números merecem respeito. Afinal, quem segue por tantas temporadas seguidas sem bons serviços prestados? Pelo clube, na apuração do MecãoNet, Anderson tem 94 jogos e 14 gols assinalados. É quem mais jogou pelo Mecão do elenco do Estadual 2020, pelo qual atuou em 12 dos 15 jogos, com 1007 minutos jogados e um gol marcado.
Enquanto conversa com alguns times para a disputa dos campeonatos do segundo semestre, Anderson faz um balanço dos quatro anos seguidos vestindo vermelho, uma espécie de #tbt com momentos especiais pelo America.
- Todos que me conhecem sabem que essa paixão e dedicação são verdadeiros. Foi o primeiro hino que aprendi na infância, sabia? E quando vesti a camisa pela primeira vez foi uma emoção enorme por tudo o que eu tinha passado até ali. Depois disso, minha história com o clube só aumentou. Veio o primeiro gol e a lesão no rosto (NR: Anderson sofreu uma fratura na face ao marcar um gol de cabeça na vitória sobre o Barra Mansa, no início da B1 2017), o gol que ajudou no acesso em 2017 (NR: O chutaço que abriu o placar da semifinal contra o Audax), o título da B1 2018 sendo o jogador com mais assistências, os acessos de 2019 e 2020 e a presença em quase todos os jogos neste período - enumerou, indo além da matemática para justificar o vínculo com o Mecão.
- É algo maior que os números. Procurei sempre me dedicar, dentro e fora de campo, respeitando a imagem da instituição em meio a tantas dificuldades. Acredito que o carinho dos funcionários, torcedores e o reconhecimento do meu trabalho por parte da direção contribuiram para esses quatro anos no clube.
Apesar das boas memórias, com um título estadual na B1 e duas taças (Corcovado/2017 e Santos Dumont/2019), Anderson confessa que gostaria de ter alcançado algumas metas.
- Quando cheguei ao America a meta era chegar e subir, mas por conta do regulamento confuso e injusto do Carioca tivemos de recomeçar novamente. Com o passar dos tempo, conhecendo bem o clube, vi que era possivel alcançar o cenário nacional, chegar a uma Série D ou até a C do Brasileiro. Gostaria de ter deixado o clube mais confortável na Série A do Carioca e em alguma das divisões nacionais - reforça, antes de revelar um desejo.
- Quem sabe esse jogo 100 sai na próxima temporada? Seria um baita orgulho.
Marcio Menezes
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