Em 2019, depois de bater na trave na disputa da Seletiva e amargar o rebaixamento no Estadual, o America entrou na Série B1 com uma equipe bem forte. O elenco era qualificado e equilibrado, com boas opções e várias saudáveis disputas de titularidade.
O time, que começou a trajetória com o saudoso Luizinho Lemos, teve Renato Carioca como treinador por alguns jogos e Ney Barreto como técnico do fim do primeiro turno até a decisão, na qual acabou surpreendida pelo Friburguense, apresentou jogadores que caíram nas graças da torcida e que fizeram bom papel em seus novos clubes durante os Estaduais. Destaque para o trio ofensivo formado por Pedrinho, Chayene e Matheus Babi, com os quais o clube tentou contar neste ano, mas, infelizmente, não obteve êxito.
Pedrinho chegou ao America sem alarde, apenas como uma revelação do futebol do Distrito Federal com passagem discreta pelo Tigres, onde atuou como meia. O atacante foi artilheiro da B1 pelo Mecão com 14 gols, onde deixou saudade pelas arrancadas e pelas belas finalizações. Chegou ao Volta Redonda para o Carioca e manteve o nível das atuações. Sempre titular, voltou da pandemia marcando gols importantes e ajudou o time da Cidade do Aço a chegar onde era possível, após derrota na semifinal da Taça Rio para o todo poderoso Flamengo, que terminou campeão. Fez três gols no Estadual, mas participou de outros tentos de sua equipe. Chega com prestígio à disputa da Série C do Brasileirão, da qual seu time reúne chances reais de sair para a Segundona.
Chay chegou ao Mecão vindo do Rio Branco/AC. Para alguns, perdurava a ideia de que seria apenas um brilhante jogador de Fut7 atuando no campo maior. Engano. Foi muito bem, consolidando-se como titular com Ney Barreto. Altamente habilidoso, atuou pelo lado direito do ataque, aliando velocidade com muita inteligência em passes e nas movimentações. Assinou pré-contrato com a Portuguesa antes do fim da B1 e infelizmente deixou o America. Na Lusa Carioca, atuou dos dois lados do ataque, marcou quatro gols e fez bom papel nos clássicos. Disputará a Série D nacional pelo clube insulano.
Babi foi em 2019 mais do que o 9 que não tinhamos há muito tempo. Inteligente, mostrou presença de área sem perder a movimentação e a criação de espaços para os companheiros. O resultado: atuações consistentes e 12 gols pelo Mecão. Acabou voltando para o Macaé, fez bom começo de Estadual durante a Seletiva - cinco gols em nove jogos, no total - e, depois de ser negociado para o grupo que comanda o Serra Macaense, chega ao Botafogo por empréstimo até o fim de 2021. No Alvinegro poderá ter oportunidades preciosas atuando com jogadores de alta experiência como Honda e Kalou e disputará a elite do Campeonato Brasileiro.
Outros dois ex-rubros daquele time que disputaram o Carioca com bom papel também estiveram no Macaé: o zagueiro Vladimir e o volante Julinho, que ajudaram o time do Norte Fluminense a chegar na Fase Principal mesmo em meio a dificuldades diversas.
No Paraná
Fora do Rio, ninguém vai tão bem como Quaresma. O lateral-esquerdo do FC Cascavel segue mostrando a força ofensiva que o caracteriza e dando razão aqueles que admiram seu futebol, embora houvesse tremenda divisão em 2018 quando o assunto era a camisa 6 (Quaresma ou Marlon? Quem não se lembra). Na B1 de 2019, ele repetiu as boas atuações, especialmente na reta final. Neste sábado, seu time venceu o Rio Branco no jogo de ida das quartas de final do Paranaense e parece bem próximo de ida às semifinais.
Vale citar também Miguel e William Chrispim. O meia está no Goiânia, clube que defendia também antes de se apresentar para sua passagem pelo America em 2019. Miguel era titular do tradicional clube goiano até a paralisação forçada devido a pandemia do coronavírus e segue em treinamentos à espera do retorno do campeonato. Chrispim, por sua vez, deixou o Goiânia rumo ao Real Brasília, no qual começou bem, com dois gols em duas partidas. No entanto, o Candangão - tal como a maioria dos Estaduais - foi interrompido, assim como a fase promissora do atacante.
Redação MecãoNet
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